terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ESCOLINHA DE GOLEIRO

ESCOLINHA DE GOLEIRO

PROJETO ESPERANÇA
    O projeto esperança, foi uma das maiores escolinha de futebol e cidadania da COHAB do Vilela nos anos 90.
Onde revelou vários jogadores para o futebol de várzea e profissional, entre tantos muitos ainda estão na lembrança de todos: Walter um dos melhores goleiros de futsal, Joelson, Ewerton, André (batata), Gleison, Robson (fusca) que foi o goleiro menos vazado de toda história da copa topper, André que jogou em vários clubes da Europa, entre outros.
   Um trabalho desta magnitude não pode Pará, por esse motivo o projeto esperança lançará até março uma nova escolinha especialidade em prepara goleiros, é isso mesmo uma escolinha só para goleiro.  
   Ao decorrer dos tempos temos observado a falta de atletas nessa posição no futebol de várzea e profissional. A necessidade de uma escolinha só para goleiro é eminente devido á escassez desses jogadores.
   Informamos que para participar desta escolinha a criança e os jovens não paga na, tudo será totalmente grátis.
    Os interessados devem entra em contato pelo  e-mail:esperancafutebol@yahoo.com.br
Vamos juntos escrever nova história no futebol da comunidade!
Vitor

domingo, 29 de dezembro de 2013

Liberdade imediata para Serginaldo do MLB!



Na manhã desta sexta-feira (27/12), por volta das 10h, o companheiro Serginaldo Quirino dos Santos, coordenador nacional do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), foi preso pela Polícia de Pernambuco, no Município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.
Dois homens à paisana invadiram sua residência, empurraram e ameaçaram sua filha e depois efetivaram sua prisão, tendo em mãos um mandado de prisão preventiva. Serginaldo se encontra no Presídio Cotel, em Abreu e Lima, e, até agora, não teve direito a conversar com um advogado nem saber o motivo pelo qual está preso. Tudo leva a crer que esta foi uma ação articulada pelo Shopping Recife, uma vez que sua direção ameaçou publicamente lideranças do MLB após a realização de mais um NATAL SEM FOME, no último dia 20, nas dependências do estabelecimento, onde cerca de 200 famílias conquistaram cestas básicas para ter o direito à alimentação digna neste final de ano.
Dezenas de militantes dos movimentos sociais de Pernambuco estão em vigília na frente do presídio enquanto tentam o habeas corpus para garantir a liberdade imediata de Serginaldo.
Esta ação da Polícia de Pernambuco é mais uma tentativa de criminalizar a luta social, em especial as lideranças do movimento, conforme vimos fartamente em 2013 diante de tantos protestos em todo o Brasil. Nenhuma prisão, no entanto, vai calar a voz do povo nem acabar com sua revolta. Pelo contrário. Cada ato de intolerância, de perseguição, de arbitrariedade, de violência, só faz crescer a consciência popular da necessidade de se organizar mais e mais para defender seus direitos e construir um país diferente.
NÃO À CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS!
LIBERDADE IMEDIATA PARA SERGINALDO DO MLB!


domingo, 15 de dezembro de 2013

A PM, força auxiliar e reserva do Exército brasileiro


A PM, força auxiliar e reserva do Exército brasileiro, é mais um resquício da Ditadura Militar no país
No último período, graças principalmente às manifestações de junho, ou melhor, à grande repressão que se instaurou a partir delas, e da repercussão nacional do desaparecimento do pedreiro Amarildo, no Rio de Janeiro, têm ganhado força a bandeira da desmilitarização da Polícia no Brasil.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU, em maio de 2012, apresentou documento ao Governo brasileiro citando que, entre os principais problemas nacionais, estão a situação das prisões e a atuação da Polícia Militar, que, inclusive, praticam tortura, recomendando, assim, a extinção da PM. O Brasil, porém, rejeitou a proposta logo em seguida.
Neste contexto, a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva” realizou audiência pública em 28 de novembro discutindo o assunto, tendo como convidado o professor de antropologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, ex-subsecretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, que ocupou a Secretaria Nacional da Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, e o tenente Francisco Jesus Paz, que foi da antiga força pública, preso e torturado pela Ditadura, e ferrenho defensor da desmilitarização.
Paz contextualizou que essa arquitetura da segurança, violenta como é, não foi uma criação da Ditadura Militar, vem de muito antes. Segundo ele, esse modelo foi criado para reprimir abolicionistas, ou seja, os movimentos sociais da época, para reprimir o negro fugitivo e a formação de quilombos. “A gênese do modelo é repressiva e criada para preservar a ordem pública naquele período escravagista”, citou.
Porém, apesar de a existência de Polícias Militares não ser recente, a PM, advinda da antiga Força Nacional, existe como tal desde a Ditadura.
Paz alertou que hoje, 25 anos depois da promulgação da Constituição de 1988, a atuação das Polícias Militares ainda é regida pela legislação daquele período. O decreto nº 667, de 1969, é, por exemplo, a matriz legal da organização, formação, treinamento e do emprego das Polícias Militares. Já o decreto 88.777, de novembro de 1983, do Governo Figueiredo, ou seja, o último ditador brasileiro, é a legislação de regência das PMs. E mais. Toda aquela legislação que vinha da doutrina da segurança nacional do período de exceção serviu de base para os capítulos da segurança pública da Constituição. “Até hoje, todos os governos federais não tiveram a coragem e a iniciativa de adequar a legislação em conformidade com o Estado democrático de direito vigente”, enfatizou.
Direitos Humanos
Sobre a P2 (polícia sem farda, que trabalha no serviço de inteligência), Paz esclareceu que o mesmo decreto 88.777/83 estabelece que a P2 da PM é vinculada à 2º Seção do Estado-Maior do Exército, ou seja, que está vinculada à comunidade de informações que vigia diuturnamente o que ele chamou de “cidadania” e, portanto, violando a democracia.
“Na verdade, a PM age em conformidade com a lei, só que uma lei estabelecida durante o regime de exceção, durante a Ditadura Militar. Por isso, a responsabilidade é dos sucessivos governos que não trataram dessa questão. Isso porque essa Polícia interessa aos governos. Interessava no passado, no controle dos escravos, e interessa hoje no controle de pobres e negros”, concluiu Jesus Paz.
Soares apresentou outros pontos também importantes a serem tratados em relação às Polícias Civil e Militar. “Não nos iludamos com a desmilitarização, ainda que seja indispensável. Ela, por si só, é insuficiente”, afirmou. A duplicidade nas carreiras, a falta de articulação entre as Polícias foram apontadas como questões importantes para avanços na segurança pública.
Sobre a pertinência desta discussão na Comissão da Verdade, Soares foi enfático ao dizer que “isso tem tudo a ver, porque nós não passamos a limpo essa história, nós não marcamos ritualmente e politicamente a diferença”. Para ele falta estabelecer até onde pode ir o Estado, o que é aceitável ou não, o que é criminoso independente da legalidade do momento.
Afirmou ainda que o compromisso da nação com os Direitos Humanos não foi celebrado, tanto que “existem figuras da Ditadura que hoje se arrogam o direito de celebrar o golpe e de dizer com a maior desfaçatez que não havia tortura como política sistemática do Estado”.
Em resposta às provocações proferidas por um coronel da PM que participou da audiência e que contestou a afirmação de que a corporação é um resquício da Ditadura, já que a militarização das Polícias é anterior a este período, Soares disse que “é resquício da Ditadura qualquer prática que tenha furado a transição e que dê continuidade e reproduza hábitos que estavam presentes e foram consagrados naquele momento e que hoje estejam na contramão da institucionalidade. Essa passagem, essa naturalização, culturalmente tem a ver com o fato de nós não termos elaborado essa transição politicamente, simbolicamente, com o marco da verdade”.
Durante a seção a diretora Luciana Burlamaqui – diretora do documentário Entre a Luz e a Sombra, que trata de violência e sistema carcerário –, apresentou um manifesto assinado por diversos cineastas e artistas pedindo a desmilitarização das Polícias no Brasil. Além dela, assinam o manifesto, Tata Amaral, Marcelo Yuca, Zé Celso Martinez, Beto Brant, Silvio Tendler, entre outros.
Vivian Mendes, Vitor , São Paulo










segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

PORTUGUESINHA DO VILELA ZONA LESTE DE SP

PORTUGUESINHA DO VILELA ZONA LESTE DE SP
HOMENAGEIA MELSON MANDELA EM JOGO FESTIVO.
QUE JUNTOU A EQUIPE PRINCIPAL E OS VETERANOS.

No domingo dia 08 de dezembro a equipe de futebol da portuguesinha do Vilela na zona leste de SP. O homenageou o Grande Nelson Mandela.
Na oportunidade o presidente do clube ( Batata) agradeceu a todos os veteranos pela  bela história escrita por todos no futebol do clube.
A ocasião todos os veteranos presentes pode ganhar uma camisa personalizada do clube. O que menos importou foi o resultado do jogo.
No memento todos os jogadores e diretores fizeram questão de homenagear o líder africano Nelson Mandela. Um dos principais líderes mundial contra o racismo, disse o Batata: vivemos no centro de um racismo, onde a sociedade se divide entre os que tem mais e os que tem menos. Todos das periferias dos grandes centros têm que aprender com o legado que o Mandela deixou. 
Nos que fazemos a associação portuguesa do Vilela acreditamos que a diferença não estar na cor, mais sim no coração!   

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER



VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
O ano de 2013 tem sido marcado pelo crescimento dos índices de violência cometida contra as mulheres em todos os principais estados do País, sobretudo contra as mulheres negras e pobres. É possível perceber que as notícias sobre o tema abriram novas frentes de discussão e, neste mês de dezembro, quando se relembra, no dia 25, a luta internacional pelo enfrentamento à violência contra a mulher, muito há o que fazer. São muitos os casos de assassinatos violentos, agressões, estupros, polêmicas na mídia sobre a disseminação do ideário machista e diversos embates em que entram concepções religiosas que se impõem sobre a vida das mulheres.
Não houve avanços na política prometida pelo Governo Federal para construção de creches, importante instrumento para garantir condições de independência econômica das mulheres impedidas de trabalhar por não terem com quem deixar os filhos. Não houve aumento significativo do número de delegacias especializadas no combate à violência contra as mulheres nem de casas-abrigos.
Prova disso é que segundo o Ministério da Justiça, até novembro de 2013,havia 475 Delegacias ou Postos Especializados de Atendimento à Mulher em funcionamento no país para um total de 5,5 mil municípios existentes no Brasil.
Afinal, até onde vai a violência contra as mulheres? Até onde elas serão consideradas objetos culpados por sua própria situação de opressão? Que fazer para combater a cultura machista, violenta e sexista?
Não se calar! Unir-se, organizar-se e lutar contra a violência e sua causa, um sistema que coloca o lucro acima de tudo e quer transformar a mulher em objeto sexual e mercadoria. O dia 25 de novembro é o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Violência contra a Mulher.
Organize-se e participe na sua cidade!
Movimento de Mulheres Olga Benário 

sábado, 23 de novembro de 2013

É momento de agradecer

É momento de agradecer
    Jornal Alô Comunidade é uma publicação de interesse geral da comunidade, com uma linha independente no tratamento dos principais acontecimentos registrados no Brasil e na nossa região. È reconhecido pela qualidade de seu jornalismo analítico e opinativo. Um jornal do povo para o povo.
A vocês, leitores, que me acompanham todo mês aqui neste espaço, e que, mesmo estando ligado às preocupações do dia a dia, estão aqui oferecendo uns minutos do seu precioso tempo, eu só tenho a agradecer. Muitas vezes, os meus comentários, as minhas opiniões e até mesmo os números por aqui analisados podem não ter agradado a vocês, mas, podem ter certeza, sempre foram registrados com respeito, com dedicação e pensando em cada cidadão do nosso Brasil, pois a responsabilidade de escrever para um público tão especial como é o dos leitores do nosso jornal aumenta todas as vezes em que me coloco de frente para o computador para produzir um novo artigo, principalmente, levando em conta que boa parte, para não dizer a esmagadora maioria, dos nossos leitores são movidos por uma paixão que nem sempre consegue ser domada. Só que, hoje,  os canais de comunicações com exceção da Rede globo  estão unidos em torno da paz, do amor, da família, da fé, da força, da esperança, da coragem, da fraternidade e da vontade de ser melhor a cada dia e sempre vamos Buscar ser melhor a cada dia.
Hoje de 22 de novembro de 20013 atingimos o expressivo 162.000 leitores na versão impressa e digitalizada. Agradeço a Cada leitor.
Geraldo Vitor
Diretor     

Minha Casa Minha Vida

“Minha Casa Minha Vida é pior que BNH dos militares”, diz pesquisadora da UFRJ

Vivian Virissimo
O Minha Casa, Minha Vida é uma política habitacional baseada apenas na garantia de uma moradia, que desconsidera o acesso a serviços públicos básicos, aprofundando as desigualdades sociais no país. Essa é a leitura que faz a pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Social (Ippur/UFRJ), Luciana Correa do Lago. Ela aborda esta temática há 25 anos e atua no Observatório das Cidades, uma rede internacional que pesquisa as desigualdades das metrópoles.
“Já está no nome do programa, é só direito à casa e lá na periferia. É pior que o BNH dos militares que previa a remoção de pobres para a periferia, mas tinha a ideia de indústrias no entorno, quarteirões de comércio. A primeira edição do Minha Casa, Minha Vida proibia até atividade comercial”, diz a urbanista. Na sua avaliação, o único alento desta política habitacional é o “Minha Casa, Minha Vida Entidades” que financia o cooperativismo habitacional de movimentos sociais que trabalham com a autogestão. Em termos comparativos, o programa para produção empresarial acessou R$38 bilhões enquanto o programa para produção associativa por autogestão teve acesso a R$800 milhões.
A proibição de comércio pelo Minha Casa, Minha Vida foi revista pelo ex-presidente Lula antes de deixar o cargo em dezembro de 2010, mas as exigências da Caixa Econômica Federal (CEF) na construção dos condomínios, como a garantia de equipamentos sociais e serviços públicos básicos, seguem sendo negligenciadas pelas prefeituras que deveriam fiscalizar tais empreendimentos. “É uma ordem perversa que está funcionando muito bem: a legislação aparece quando precisa, senão, é na ilegalidade mesmo. São contratos por fora, as prefeituras só controlam quando interessa e vamos indo na mesma lógica histórica”, comenta. Ela exemplificou que, na visão das prefeituras, a existência de uma escola nas proximidades das residências, já contempla os critérios estipulados pela CEF sem considerar se existem vagas disponíveis para os futuros moradores.
Luciana aponta que a forma como as construções estão sendo executados, sem fiscalização, compromete a durabilidade destas moradias. “A gravidade deste programa é porque está produzindo cidades de uma desigualdade escandalosa. A qualidade das construções é péssima, já tem coisas quebradas, tomadas que não funcionam, piscina que afunda e vaza, botijão de gás dentro da sala, o que é completamente ilegal. Isso tudo já com habite-se”, denuncia.
Processo de desigualdade é histórico
Luciana fez severas críticas a política habitacional do governo federal, que acaba redirecionando famílias pobres para locais periféricos, sem infraestrutura, gerando processos de segregação residencial.
Segundo Luciana, nos últimos dois anos, o Minha Casa, Minha Vida aprofundou enormemente as desigualdades sócio-espaciais. “O drama é que em 2009 é lançado o Minha Casa, Minha Vida com o princípio da quantidade, produzir em escala, de forma eficiente e rápida. São bairros inteiros sendo construídos de uma hora para outra, principalmente no Maranhão e Piauí”, denuncia.
Ela destacou que as alterações na política habitacional começaram com o programa Crédito Solidário para autogestão dos movimentos sociais e com a criação do fundo de habitação de interesse social. “Em 2008, um plano habitacional foi aprovado e discutido com propostas consistentes que contemplava diversos setores. Tudo indicava que uma política habitacional mais democrática seria posta em curso, mas a crise de 2008 adiou estes planos”, conta.
A experiência de Porto Alegre na redução das desigualdades via políticas habitacionais é apontada por Luciana como exemplar. Poderia, por exemplo, ter sido usada como modelo nacional. “A gestão municipal do PT reverteu toda a tendência de colocar os pobres na periferia, com a construção de conjuntos de moradia popular nas vilas no próprio lugar, seja em áreas centrais ou bairros de classe média”, comenta. “A ideia federal era reproduzir essa política de Porto Alegre, produzir cidades mais igualitárias em todo o país, tendência que não se confirmou”, explica.
Avanços foram registrados com o início da gestão do ex-presidente Lula, que promoveu discussões entre movimentos sociais e universidades para a formulação do Estatuto da Cidade. Mas a pesquisadora aponta que, na tentativa de limitar os efeitos da crise de 2008, a política habitacional acabou servindo para movimentar a economia.
“Desde a redemocratização e da Constituinte, os movimentos sociais fazem uma análise crítica para tentar reverter o processo de expulsão de pobres para a periferia. A ausência de políticas habitacionais aprofundou enormemente as desigualdades e resultou no aumento de favelas e ocupações. Não somos contra política habitacional, mas não se pode colocar todo o projeto na mão de empresas. O Estado não produz mais nada”, fala.
Ela reconhece que o Minha Casa, Minha Vida gera emprego na construção civil, garante habitação para a população, mas aponta dimensões políticas e econômicas na compreensão de um projeto deste porte. “Se construiu um marketing enorme a partir da comparação do déficit habitacional, e isso foi grande filão para a eleição da Dilma, mas o fundamental é o sentido econômico desta política que foi lançada para conseguir segurar a crise brasileira”, avalia.
A saída pode ser o cooperativismo habitacional

A saída pode ser o cooperativismo habitacional
As palavras de Luciana Correa do Lago são menos duras com o “Minha Casa, Minha Vida Entidades”, um braço direcionado para o financiamento de associações comunitárias para a produção de moradias por autogestão. “É uma coisa que está crescendo, está cada vez mais descentralizada. Antes estava muito concentrado em São Paulo, principalmente Goiás e Rio Grande do Sul, e agora começou a aparecer no Norte, Nordeste, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul”, conta Luciana.
A professora relatou que esse tipo de produção começou em São Paulo, na gestão da ex-prefeita Luiza Erundina. “Em SP tem filas enormes de pessoas que querem entrar neste projeto. Hoje o limite é 70 mil por domicílio, onde se decide o projeto e o padrão. Essa é uma alternativa interessante para se ter um padrão de domicílio muito acima do que se encontra no mercado”, compara.
Quatro movimentos nacionais atuam na organização destas iniciativas: a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Central de Movimentos Populares (CMP) e a Confederação Nacinal das Associações de Moradores (Conam), além de vários movimento regionais atrelados a esses movimentos nacionais. “Eles têm o papel de mediador no governo federal muito importante, nas normas da CEF, mudanças das leis, tem assento no conselho das cidades, estão nesse nível de disputa”, comenta.
Para ela o financiamento coletivo garante a possibilidade de controle pelos movimentos sociais daquilo que está sendo produzido, ao contrário do que ocorre quando é feito de forma individualizada com as empreiteiras. “Além disso, os movimentos têm um projeto de difusão do principio da solidariedade e reciprocidade, isso não é luta apenas de moradia, é a luta da produção de uma outra cidade. Produzir a cidade pensando o valor do uso dessa cidade, e não como mercadoria”, explica Luciana.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Quem Realmente Descobriu o Brasil



Quem Realmente Descobriu o Brasil foi os Chineses



De acordo com o cartógrafo e ex-oficial da Marinha Britânica Gavin Menzies, de 69 anos, é hora de fazer justiça. Quem descobriu o Brasil, diz ele, foi um chinês chamado Hong Bao. Os navegadores europeus só chegaram à América e às outras terras porque traziam em suas pequenas caravelas cartas náuticas copiadas de um Mapa do Mundo chinês. Ali, o Estreito de Magalhães levava o nome de Rabo do Dragão, e duas ilhas – Antilia e Satanazes – reproduzem Porto Rico e Guadalupe. O mapa havia sido desenhado 70 anos antes. O livro de Menzies, 1421 – O ANO EM QUE A CHINA DESCOBRIU O MUNDO (Bertrand Brasil), está fazendo barulho por trazer documentos que comprovam que os reais descobridores da América e do planeta foram navegantes e cartógrafos chineses, em expedições chefiadas por almirantes eunucos. “Os livros de História já estão sendo reescritos”, diz Menzies.
Para Menzies, a queda na visão eurocêntrica da História não vai parar aí. “O título de Descobridor da América deve ser atribuído a Zheng He”, diz ele. “Ele foi um exemplo de tolerância cultural e religiosa, que até hoje deve ser seguido.” Zheng He (1371-1433) lembra Colombo por ter sido protegido de um monarca, Zhu Di (1360-1424). Mas, diferentemente de Colombo, He era um eunuco muçulmano mongol, subserviente ao imperador chinês. Sua missão não consistia em conquistar territórios, pilhar e matar o gentio, como fizeram os europeus. O imperador Di, da dinastia Ming, sonhava em descobrir o mundo, mapeá-lo e converter nações “bárbaras” em parceiras comerciais, em harmonia confuciana, com paz e tolerância. Na Idade Média, a China era a nação mais avançada do mundo.
A volta ao mundo durou 31 meses, entre março de 1421 e outubro de 1423. Quatro almirantes eunucos foram designados para percorrer o globo. Eram 130 navios, com cerca de 3 mil pessoas a bordo. O almirante Yang Qing ficou no Oceano Índico, desenvolvendo o método para determinar a longitude (até então, os chineses só traçavam as latitudes, a partir da observação das estrelas). Os demais oficiais cruzaram a costa sul da África na direção das “terras escuras”. Zhou Wen zarpou rumo ao noroeste, em busca da mítica Terra de Tusang. Encontrou o Pólo Norte, a costa norte-americana, o Caribe, a Groenlândia e a Sibéria. Para o sul, navegaram Hong Bao e Zhou Man. Ambos aportaram na costa do Nordeste do Brasil em meados de 1421. Depois, Man atravessou o Pacífico, mapeou a região e descobriu a Austrália e a Nova Zelândia – 300 anos antes de James Cook. Bao avistou a Antártida. Seus cartógrafos mediram o Cruzeiro do Sul e estudaram o regime das correntes. No trajeto, as frotas recolhiam riquezas e vendiam porcelana, seda e plantas. Também fixavam colônias e ensinavam técnicas agrícolas. Para Menzies, a contribuição maior da China foi a disseminação da agricultura. Ao chegar à América, os europeus não perceberam que os índios cultivavam plantas exóticas (coco e inhame) e criavam galinhas trazidas da China. Exames recentes de DNA sugerem o parentesco de indígenas brasileiros e maoris com os chineses.
A maior parte dos navios de He naufragou. Destroços deles foram encontrados no Peru. De volta a Pequim, o que restou da frota não colheu glórias. Ao contrário. O imperador Zhu Di havia morrido. Seu filho, Gaozhi, ordenara o desmonte da indústria naval e o fechamento das fronteiras. Influenciado pelos mandarins – burocratas rivais dos eunucos, que eram militares -, Gaozhi eliminou a documentação sobre as expedições, inclusive o mapa-múndi, feito em 1428 pelos cartógrafos reais. Os anos de 1421 a 1423 foram designados pelos sábios oficiais como “perdidos”. A China se isolaria por seis séculos. Algumas cartas náuticas chinesas sobreviveram. Na tese de Menzies, o aventureiro veneziano Niccolò Da Conti (c.1395-1469) obteve o mapa dos chineses e o deu a Frei Mauro (c.1385-1459), cartógrafo que elaborou o célebre mapa-múndi de 1459 – tido como fantasioso. Mauro trabalhava para o rei dom Pedro, irmão do infante dom Henrique, fundador da Escola de Sagres, celeiro das navegações portuguesas. O autor supõe que os portugueses já tinham o mapa-múndi copiado dos chineses quando embarcaram na conquista dos mares. E que Colombo lhes roubou uma cópia, com a ajuda de um marinheiro.
fonte: Revista Época 

domingo, 17 de novembro de 2013

Protestos de jogadores

Protestos de jogadores fazem 'noite histórica' por mudanças no futebol brasileiro



Organizados pelo grupo chamado Bom Senso FC, atos simbólicos pretendem pressionar a CBF a debater as reivindicações da categoria

Jogadores que atuaram em todas as sete partidas da noite de ontem (12) pelo Campeonato Brasileiro da série A fizeram protestos simbólicos bastante semelhantes entre si, num sinal claro de organização e disposição para debater melhores condições gerais para o esporte mais popular do país. Integrantes do grupo de jogadores chamado Bom Senso F.C. classificaram a data como "histórica".
Os atletas entraram em campo carregando faixas e, após o apito inicial dos árbitros,  rolaram a bola para, em seguida, cruzar os braços e ficar por alguns segundos parados. O ato pretendeu pressionar a CBF a convocar uma ampla negociação com os jogadores sobre as reivindicações da categoria – que inclui mudanças no calendário de todas as divisões do futebol profissional.
Em Itu, no interior paulista, onde jogaram São Paulo e Flamengo, o árbitro Alício Pena Júnior alertou que puniria todos os atletas que cruzassem os braços – a orientação ao árbitro foi dada pelo representante da CBF no local. A alternativa encontrada pelos jogadores foi fazer a bola rolar trocando passes longos de um lado a outro do campo por quase um minuto.
Um dos integrantes do Bom Senso, o zagueiro do Corinthians Paulo André disse que a noite de ontem marcou as primeiras de uma série de manifestações até que a CBF decida abrir as negociações com os jogadores, incluindo as emissoras de TV nas discussões. O atleta também disse que novos protestos devem ocorrer nos três jogos de hoje à noite que completam a rodada da Série A e nas partidas que abrem mais uma rodada da Série B, nesta sexta-feira (15).
"É um dia histórico para o futebol brasileiro. A Série B também vai ter protestos na sexta-feira. Agora a gente aguarda uma resposta da CBF", afirmou Paulo André. O zagueiro continuou: "Fomos claros no nosso comunicado e proposta. Sabemos que ano que vem é de sacrifícios, porque tem a Copa do Mundo. Mas se a CBF não assinalar mudanças para 2015, dificilmente a gente inicia o ano. É o que a gente disse em nota oficial. Vamos aumentar as manifestações à medida que não tivermos respostas", continuou.
O meia Elias, do Flamengo, criticou a tentativa da CBF de punir os que cruzassem os braços e deixou clara a intenção de ampliar o movimento. "Absurdo querer punir os 22 jogadores. Estamos dizendo claramente 'a ditadura acabou'." Outro líder do Bom Senso, o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo,  reforçou a necessidade de o futebol nacional mudar e disse esperar que o movimento não chegue ao ponto de uma greve .
"Nós queremos ser atendidos. O Brasil, como um todo, para sem o futebol. Para que vamos deixar chegar ao ponto de termos de fazer uma greve. Todos queremos o melhor para nós, para a imprensa, para as emissoras e, principalmente para o torcedor.", afirmou o camisa 1 são paulino.

Na base

Paulo André ressaltou que o Bom Senso não busca apenas ampliar o período de pré-temporada e reduzir o número de competições envolvendo os grandes times, mas principalmente criar melhores condições para os clubes menores, que jogam de três a quatro meses por ano.
"A gente exige um campeonato melhor, com menor número de jogos dos grandes, mas é fundamental aumentar do número de jogos dos times pequenos. Os atletas destas equipes ganham muito mal, passam aperto para receber seus salários, vivem quase como boias frias. As mudanças que queremos não é só férias e pré-temporada. Para existir uma boa Série A, tem de criar condições para os clubes pequenos também."
Rogério Ceni reforçou: "Não estamos reivindicando salários. É para melhorar o futebol como um todo. A gente quer ser compreensivo com o ano de 2014, por causa da Copa. O que a gente não quer é um ano de 2015 só de palavras. Há a necessidade de fazer um calendário muito melhor. Com mais atletas empregados durante o ano todo, já que as equipes pequenas jogam poucos meses por ano".

domingo, 10 de novembro de 2013

Minha Casa, Minha Vida reforçam necessidade de reforma urbana

Quando o programa Minha Casa, Minha Vida foi lançado, há quatro anos, prometendo acabar com a falta de moradia no Brasil, milhares de famílias pobres alimentaram a esperança de, finalmente, conquistar o direito humano de morar dignamente.
Entretanto, o que era sonho e alegria logo se transformou em decepção, pois o plano era construir um milhão de unidades habitacionais (àquela altura o déficit ultrapassava 7,9 milhões). Dessas, somente 400 mil seriam destinadas às famílias com renda entre zero e três salários mínimos, que representam cerca de 90% do total do déficit.
Por isso, e por combater mais a crise econômica da construção civil do que a crise de moradia, o Minha Casa, Minha Vida também recebeu duras críticas de especialistas e movimentos que lutam pela reforma urbana. A professora Raquel Rolnik, que é relatora especial da ONU para o direito à moradia, disse, na época, que uma política eficiente de combate ao déficit habitacional não podia prescindir de uma estratégia fundiária e urbanística. E afirmou: “Se não for assim, vai haver um grande aumento no preço dos terrenos, com duas possíveis consequências: o subsídio do Governo vai escorrer para os donos das terras ou as famílias pobres vão ser alocadas nos terrenos mais baratos e afastados das cidades. Ou seja, vamos produzir um montão de casas sem cidade, infraestrutura e emprego” (A Verdade, nº 105, maio de 2009).
Dito e feito. Nos últimos anos, construtoras e empreiteiras tiveram inúmeros incentivos fiscais e o crédito facilitado pelo Governo Federal, decidindo onde, quando e o que construir. Como resultado, essas empresas passaram a investir apenas em locais e obras onde tenham a certeza do lucro. Ao mesmo tempo, o déficit habitacional não para de crescer, e mesmo as novas moradias construídas pelo Minha Casa, Minha Vida não escaparam à lógica de “um montão de casas sem cidade”.
Os empresários da construção civil argumentam que a falta de terrenos bem localizados, com boa infraestrutura e baratos, para construir moradias para pessoas de baixa renda, encarece a obra, levando-os a economizar em outros itens a fim de não terem seus lucros diminuídos. É por isso que vemos tantas obras malfeitas, que chegam a comprometer a segurança e a qualidade de vida das famílias beneficiadas.
Exemplo disso foi o fato que ocorreu, no mês passado, com dois empreendimentos do MinhaCasa, Minha Vida no Rio de Janeiro – que sofreram sérios danos com as chuvas que caíram sobre o Estado. No primeiro, dois prédios, ainda em construção, do conjunto habitacional Zilda Arns II, em Niterói, foram demolidos depois de condenados pela Defesa Civil por apresentarem rachaduras e paredes desalinhadas. O conjunto é destinado aos sobreviventes dos deslizamentos de terra do Morro do Bumba, em 2010, que, até hoje, aguardam a conclusão das obras. A Caixa Econômica, responsável pelo financiamento, informou ainda não ter prazo para a reconstrução dos blocos demolidos. O valor total do empreendimento é de quase R$ 21,9 milhões.
O segundo problema se deu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Lá, casas construídas pelo Minha Casa, Minha Vida e entregues a famílias que saíram de áreas de risco foram inundadas pelo temporal da madrugada do dia 18 de março e estão cheias de rachaduras. “Passei minha vida pedindo a Deus uma casa. Quando, finalmente, recebi, comprei todos os móveis novos, mas veio a água e destruiu tudo”, lamentou dona Francisca, de 52 anos. As 389 casas dos condomínios Santa Lúcia e Santa Helena, onde dona Francisca mora, custaram R$ 17,489 milhões e foram entregues há menos de um ano.
Aliás, enquanto economiza na construção de moradias para o povo pobre e em outras obras indispensáveis, o governo gasta uma fortuna de mais de R$ 86 bilhões com as obras dos estádios para a Copa do Mundo. Além disso, segundo Maria Lúcia Fattorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida, em 2013, 42% do orçamento federal será destinado ao pagamento da dívida pública brasileira, cerca de R$ 900 bilhões.
Mudar o sistema para mudar as cidades
Entretanto, obras malfeitas e distantes do centro das cidades não existem por acaso, nem são culpa da falta de bons terrenos. Estes, ao contrário do que dizem, existem em grande quantidade, ainda mais num país do tamanho do nosso. O problema é que essas áreas são propriedade privada de uma minoria de pessoas e estão a serviço de interesses particulares. Somadas a isso, a crescente especulação imobiliária, a ganância dos empresários da construção civil, a corrupção e a falta de planejamento e controle social sobre os recursos existentes são as verdadeiras causas dos problemas enfrentados pelo Minha Casa, Minha Vidae por ainda existirem em nosso País milhões de famílias sem uma moradia digna.
De fato, nos últimos anos, as grandes cidades brasileiras têm sido tratadas pelos governos como empresas ou mercadorias. Logo, o que prevalece é a elitização, a concorrência e a busca do lucro, principalmente nas cidades que sediarão a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Nesses lugares, a especulação imobiliária se desenvolve sem controle: privatiza a cidade, corrompe e controla prefeitos, governadores e parlamentares, aumenta indiscriminadamente o preço dos imóveis e aluguéis e passa por cima de qualquer um que atrapalhe seus negócios. Ali, quem não tiver dinheiro está condenado a viver nos grotões, pelas ruas ou debaixo de pontes e viadutos. (Este, aliás, é um dos motivos da proliferação das chamadas “cracolândias”).
Ao mesmo tempo, em nome do “crescimento da cidade” (leia-se higienização), aumenta o número de incêndios criminosos em favelas, adota-se a política de internação compulsória (sequestro) dos viciados em drogas, e crescem a repressão às ocupações urbanas e os despejos forçados de comunidades inteiras, inclusive indígenas e quilombolas, cujo único crime é lutar por um pedaço de chão para morar.
Está claro, portanto, que a construção, o desenvolvimento e a gestão das cidades na sociedade atual não podem atender a outra lógica que não seja a capitalista. Por isso, o problema da habitação, bem como os demais problemas das nossas cidades, não será resolvido isoladamente, submetendo os interesses coletivos às vontades do capital, repassando o dinheiro público para as grandes construtoras ou incentivando o endividamento dos trabalhadores por meio do crédito, como acontece hoje.
É preciso uma profunda reforma urbana que vá além do capitalismo, pois o problema de organizar racionalmente as cidades e pôr seus recursos em função das necessidades e interesses das grandes massas da população só será resolvido por uma sociedade organizada de acordo com essas necessidades e interesses. Em outras palavras, uma cidade democrática, inclusiva e bem organizada só pode ser uma cidade socialista.
Para isso, é necessário um governo revolucionário dos trabalhadores, que nacionalize as terras, os bancos e as grandes empresas, ponha fim ao pagamento da dívida pública e à corrupção, aumente os investimentos em habitação, saneamento e mobilidade, democratize o espaço urbano, acabe com a especulação imobiliária, destinando os mais de seis milhões de imóveis vazios para fins de moradia, e garanta o planejamento e o controle popular de todos os recursos do País.

sábado, 9 de novembro de 2013

Estatuto do nascituro

Estatuto do nascituro: um ataque à autonomia feminina

O debate sobre a conquista de autonomia perpassa diversas bandeiras de reivindicações das mulheres. Ainda há muito que avançar no que se refere à autonomia financeira, autonomia política e principalmente autonomia sobre seus corpos.
O discurso de que as mulheres já conquistaram sua liberdade pelo fato de já poderem escolher seus parceiros sexuais ou para relações amorosas cai por terra diante de todas as notícias de violência que aparecem nos meios de comunicação. São mulheres obrigadas a viver com homens violentos, machistas ou infiéis pelo fato de não terem condições de seguirem as vidas apartadas destes indivíduos por falta de recursos ou por viverem sob ameaças de morte. Há também mulheres violentadas sexualmente nas ruas, em casa ou em estações de ônibus e metrô.
Mesmo neste contexto de violência e humilhações, no ano de 2007, os deputados federais Luiz Bassuma (PT-BA) e Miguel Martini (PHS-MG) apresentaram um projeto de lei que dispõe sobre o “Estatuto do Nascituro”. Nascituro, segundo consta no projeto, é o “ser humano concebido, mas ainda não nascido – incluídos – seres humanos concebidos ‘in vitro’, (…) através de clonagem ou por meio científica e eticamente aceito”.
Os equívocos do projeto
É possível observar no texto apresentado um frontal ataque aos direitos das mulheres que são, na prática, tratadas apenas como “instrumentos de reprodução”, sem direitos de escolha ou poder deliberativo sobre a gestação.
Conferindo personalidade jurídica a um indivíduo não nascido, o projeto ataca frontalmente o direito à interrupção da gravidez (seja por qual motivo for) e também prejudica procedimentos fundamentais a pesquisas de tratamentos e cura de doenças graves ao proibir as pesquisas com as chamadas células tronco.
O ponto mais polêmico e que chocou os movimentos de mulheres de todo o País determina a proibição da interrupção da gravidez em caso de estupro. Além disso, o projeto determina ainda que o Estado deve identificar o autor do estupro, obrigando-o a registrar e pagar pensão à criança até que esta complete 18 anos. Mas, e a mulher estuprada? Será ela obrigada a gerar uma criança fruto de estupro e obrigada a conviver com o estuprador para o resto da vida? Como o estuprador pagará pensão estando preso? Ou será que a lei, ao se omitir, entende que o agressor deve ficar solto?
Além de todas estas anomalias, ao fim do texto, o projeto determina punição com prisão a qualquer pessoa que cause “culposamente” a morte de um nascituro, que anuncie processos ou substâncias que possam causar abortamento, àqueles que congelarem ou utilizarem nascituros como material de experimentação, àqueles que se referirem ao nascituro com expressões depreciativas, àqueles que fizerem qualquer apologia em meios de comunicação ao abortamento ou a alguma mulher que já o tenha praticado ou a qualquer indivíduo que induza a mulher ao aborto. No mês passado, esta anomalia, sistematizada em forma de projeto de lei, foi aprovada em duas comissões da Câmara Federal (Finanças; Seguridade Social e Família) e agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça. Se também for aprovada, vai para votação no plenário.
É necessário reagir
O Movimento de Mulheres Olga Benario se soma às vozes das milhões de brasileiras que se indignaram com este retrocesso, um ataque à autonomia feminina. Dezenas de atos foram realizados no País e, em Belo Horizonte, cerca de 500 mulheres participaram das mobilizações populares para dar voz a esta indignação.
É hora de todas as mulheres brasileiras saírem às ruas e se somarem a estas grandes manifestações e darem seu grito por liberdade, autonomia e contra a violência de gênero no Brasil.

terça-feira, 16 de julho de 2013

CONHEÇA SEUS DIREITOS!



CONHEÇA SEUS DIREITOS!
NESSA EDIÇÃO VAMOS FALAR SOBRE FILHOS.
Os filhos, tendo ou não nascido da relação do casamento, possuem os mesmos direitos, sendo proibidas quaisquer  designações discriminatórias  como, por exemplo, chamá-los de ilegítimos. Entretanto, o nome do pai deve constar na certidão de nascimento do filho, pois sem isso a criança não poderá receber o seu sobrenome e não terá direito a seus bens.
Quando, por outro lado, o filho decorre de um relacionamento entre pessoas não casadas, é necessário que o pai reconheça o filho. Mesmo nessas situações, não cabe mais o emprego da expressão”filho ilegítimo”, como já dissemos. Como se dá o reconhecimento dos filhos, nesses casos?
O reconhecimento da paternidade pode se dar de forma voluntaria ou através de uma ação de reconhecimento de paternidade.                                                                    Vitor                                                                                 

BOMBA




BOMBA
EX-JOGADOR BENA DENUNCIA A PORTUGUESA
 O ex-jogador da portuguesa ”Bena” Vaz varias denuncia contra sua ex-equipe. Disse o jogador, que a diretoria da portuguesa não cumpriu com os compromissos assumidos com ele, os acordos assumidos segundo o jogador e o clube na parte financeira não foram cumpridos. Entre salário e luvas alem do jogador não ter sido valorizado pela portuguesa após o titulo da leidiane de 2012.   

   Segundo ele, a portuguesa não tem organização, cada diretor fala uma coisa e a briga de ego entre os diretores é grande e isso atrapalha a equipe de futebol.

   Procuramos o presidente do clube, o Batata para que pudesse esclarecer as denuncias do Bena. Segundo presidente ”batata’ O bena é jogador mercenário e vinha desestabilizando a equipe. Disse mais, que o jogador bena tinha muitas regalias no time, chegando ao ponto de recusar uma chuteira oferecida pelo presidente, por não ser a que ele queria, alem disso foi o único jogador que recebeu adiantado toda verba pra temporada 2012 antes mesmo da temporada começar e estava semanalmente a procura dos diretores para que pudesse pagar suas contas pessoas. E disse mais, até hoje ele estar sem time, pois todos já conhecem a fama, comportamento e o caráter do bena.     

 Batata diz estar decepcionado com o comportamento do jogador e afirma que durante sua gestão na portuguesa o jogador não tem a menor chance de voltar a vestir a camisa da equipe.                                                                                     Rep: Vitor